quarta-feira, 29 de julho de 2009

TINHA AQUELE ARCO-ÍRIS MUITO MAIS QUE SETE CORES

Nas paredes quadros e quadros desconhecidos, mas com pitadinhas, cada um, de lembranças invisíveis de Van Gogh, Max Ernst e Artaud, Ezra Pound e Miró. Agraciado pelos reconhecimentos eu caminhava no labirinto original. Nas veias a poética de Baudelaire e essências do gênio filósofo de Carlos Castañeda, esse vasto pensador que bebeu tantas fontes do saber, devolvendo-as poderosíssimas, potencializadas pelo mistério da revelação, sem citações ou referências, naquelas páginas áridas e desérticas tal Sonora de Don Juan. Súbita e emoldurada a inscrição: “Com muita loucura e muito ácido Baudelaire explodiu o tonal das sete cores, fragmentando-as em milhões de inconcebíveis belezas”.

(M.M.)