terça-feira, 11 de agosto de 2009

FLOR IDEAL

A Flor Ideal não é para ser consumida em pétalas;
em coroas;
pingos d´água.
A Flor Ideal não é tenra;
nem vermelha;
tampouco beija o chão umedecido.
A Flor Ideal não se libera em jaulas;
hipocampos silenciosos;
embevecidos marfins d´alma.
A Flor Ideal não se emoldura ao vento livre;
não se precipita em abismos;
não se despetala ao sol.
A Flor Ideal cintila em idílio próprio;
generosa a teu olho;
e a teu ser de aflitas mãos.
A Flor Ideal guarda a medida;
para o palpite último
de tua vã comédia.

(M.M.)