domingo, 18 de abril de 2010

Indústrias da paixão

Quando Chico Buarque compôs a canção “Carioca” não sabia o trabalho que estava me dando. Desde então vivo nessa música, mesmo que não me dê por isso.
Quando Jorge Luis Borges escreveu o poema “A Trama” nem desconfiava que graças a esses versos me garantia emprego infinito e um suor inusitado.
Quando o Flamengo fez aquele gol então...
Quanto labor.
Ação bem diversa da que Oscar Wilde dizia ser “o último recurso dos que não sabem sonhar”.
Nas indústrias da paixão os milagres querem nossa parceria.

(Mário Montaut)