segunda-feira, 8 de junho de 2009

A SAGRAÇÃO DE STRAVINSKY

A pira basilar do Sol em conclave
é surda aos ritmos de luz da tribo
e conflagra trilros de semente envenenada;
Quão cego é o clarão para a noite de hoje ensolarada.
O corpo em riste de contra-fuga permuta os braços da tarde com os atrofiados órgãos do dia mais longínquo no corpo cósmico;
Da Moça:
que ri contendo os astros rebelados em cócega por sua musculatura lisa e incendiada.
A Tocha.
Archotes da Ilusão e Flautas;
Foguetes e Barbitúricos.
As manufaturas de tribos são múltiplas de dividendos a Deus sem ostra,
Deus sem siri,
Deus sem camarão,
Deus sem frutos do mar.
Apenas o pomar do fogo coletivo,
e seus frutos de moça,
e seus coléricos umbrais de Baobá no Portal Da Oca.
E nos portais da Urca os místicos rasgos da pedra ofertam-se ao mar de quem sobe a montanha;
Barcos pra trás;
E o Cristo Bárbaro é Redentor das Graças Atávicas, no bom costume de mergulhar-nos em vergonha.
Afrodisíacas coragens.
Milagrosos cataclismas celulares, que antecedem há muito, os serviços da Telefonia escatológica, o entroncamento nos ramais da Engenharia Genética e mais e mais progressos invisíveis ao calor desta dança.

(Mário Montaut)