quinta-feira, 11 de junho de 2009

VULCANOS

Aferrarei Montezumo e Vesúvia,
nos díspares espanholes
de faróis de fogo.
Materna luz que flui de uma lanterna na forja,
apesar das enxaquecas,
não me fio a nápoles, nem aferro a bahias, e prego às ondas.
Fui um sapateiro ressuscitando encarnações de rainhas descalças,
dormi em campos de feno, clubes de golfe, e sob as suspeitas luzes da linha férrea...
Renasci mitólogos, édipos e vulcanos;
e mais fervorosa prece de Pompéia, meu nome foi escandalosamente silenciado em bocas amantes;
preciosas ferrugens de artesanato, desconvulsiono os tronos de toda ânsia de jóias.
Do México à Itália, do magma às areias deste pomar de praia;
e com o mínimo de cautela, batizo este cacho de uvas.

(Mário Montaut)