sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

“All you need is love”: Em pleno desbunde do anjo terrível.

“All you need is love”:
Em pleno desbunde do anjo terrível.

Com suas dimensões política, atemporal, estética, all you need is love revisita as fontes, as bacias romanas, as esculturas, e colhe “num belo olhar antigo a chama incosquistada”; não é meu caro Ezra? Labareda d´olho que rompe alguma nuvem e nos aquece em coral.
All you need is Love.
Os chafarizes corroboram toda a estatuária longeva de curioso repertório gestual, bem como as ruas e o castelo de Rilke cercado pela marcha estudantil de maio.
Love is all you need.
O veredito mais ditoso é o sol de sopros vitais numa propaganda.
Segredos de uma banda.
E o refrão de tamanha alegria é também puro deboche à contracultura já nas garras de metal.
Em pleno desbunde do anjo terrível.

(Mário Montaut)