terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Jardim do idílio fértil

Entre a cabeça e a coroa: um rei de cera pilota com Ícaro Exultante a mais audaciosa das naves;; a ser criada pelo esquecimento do sol no pão de lábios que confabulam.
O ímpeto no olho d´água sob a pedra esculturada inspira a nuvem de cinzel na musa de ontem e a jovem que enche o cântaro no blog da fonte.
Da semente ao êxtase das aves: junto à pétala d´árvore podada e o fio da espada inocente na mão da armadura temerária, o canto que margeia a procissão malvada e um rio de gente feliz.
No exílio de Pedro o sino em noite do galo e credo, amor, eu não desdenho nada: a rosa e a antena, a cruz e o arco-da-velha, o beijo e o trovão:: pela união de céu e terra ao jardim do idílio fértil.

(Mário Montaut)