sexta-feira, 17 de abril de 2009

BRINCOS

BRINCOS DO MAR E O INFINITO
(Mário Montaut, Floriano Martins e Ana Lee)

O mar não usava brincos nem era o Mário infinito ainda(rs). O Cláudio Willer me apresentou ao Floriano Martins, ali no Conjunto Nacional da Avenida Paulista. Lançamento do livro "Cinzas do Sol", no ano de 2001. Nesse encontro estavam também Graco Braz Peixoto, Mona Gadelha e Augusto Contador Borges, recitando poemas de Floriano. Foi o início de nossa amizade e de nossas parcerias, que logo engendraram sete composições inspiradas nos temas da peça "Sombras Raptadas", quatro delas incluídas neste disco. Vieram outras canções, novas parcerias e amizades. Ana Lee, sempre presente e cada vez mais envolvida na trama, cantou grande parte das músicas, fez vários duos comigo. Juntos, Ana e eu musicamos a letra "De todo coração", que o Floriano escreveu para nós. E tantas aventuras acontecendo nesse tempo. A feitura das canções, as infinitas horas de estúdio, as ilustrações e colagens do encarte , a constante troca de idéias, por e-mails, sempre, e na cidade de São Paulo, onde Floriano, Ana e eu tivemos a alegria de nos perder em horas de papo, reflexões, cinemas, teatros, tudo regado com bom vinho e excelente humor. Por intermédio do Floriano, tive a felicidade de compor com a Estela, a Rosa Alice e a Helena, essas poetas portuguesas que me deram tanto prazer. Por ora não conseguiria mesmo falar num outro tom, que não o da amizade, cumplicidade e paixão, que resultaram neste álbum. “2, 3 BRINCOS DO MAR E O INFINITO...” Em ciranda emergiram as jóias brincando na superfície d´água, marinha, e no horizonte o mar...e o infinito. Roberto Gava, Regina Hasegawa, Maria Estela Guedes, Rosa Alice Branco, Helena Vasconcelos, Brau Mendonça, Ozias Stafuzza e muitos, muitos se juntaram ao trio que assina a obra. Delicada tal o buraquinho que a menina faz na orelha para estrear o primeiro brinco. Impetuosa qual o mar. Cristalina aqui, obscura ali. Política e esteticamente incorreta, às vezes. Cânticos. Da paixão e outras graças. Por tudo isso e muito mais um disco quase genial(rs). E a razão é toda do Ozias ao dizer que só acredita no Mário infinito quando eu der um show de brincos. Brinco de beijos!!!

(Mário Montaut)