domingo, 19 de abril de 2009

CÉU DE HOJE

O vértice de seus lábios espoca uma essência de bolhas, qualquer que seja o brinde. E seus olhos pensativos, degustativos...Enerva-me a flor da razão a consubstância de atos de tal brilho, perdidos no trivial por mera apatia histórica; não fosse a ignorância das horas, fonte enaltecedora da memória real, quando o calor da cena perdura, não importa a invernal quietude dos lábios de mulher num certo dia, em dado instante, vestisse aquela taça a nuvem que melhor apeteça ao céu de hoje.

(Mário Montaut)