sexta-feira, 17 de abril de 2009

DE FERRO

Na Linha Férri o negror desaglutina. Albumina? Melanina? Memória das 304 cruzes ao longo do asfalto cadáver, por onde locomotivas, casais e uirapurus; alegria nos atropelamentos de trem é estatística PONTO 1, bem como o futebol, no além-gramado. Férri, era neto da minha loucura, mas dizia-se espanhol, catalão ou napolitano; não me lembro bem noites de insônia ou cápsulas de vitamina azul: impotência da razão – deu-me o cargo de vigia, nas manobras da contravenção das linhas; Bisturi, meu apelido – em código espanhol? Nicaraguês; só sei-me em ondas, de vulcões superlatinos – SUPER HERÓI BRAVO, REDONDO DE SOL E BRANCO. Com muitas partes do corpo queimadas: registro de óbitos vesuvianos; uma lava pega o trem, o tempo não é linha reta; bombástico como cabeça preste-explódi, num giro de doer a nuca encontro relógios e algumas aves, ponteiras da estação, pousadas em pedras de atrito: foguinhos leves – brandas refeições das águas (elas também comem, rios, praias, enfim águas de toda cor banqueteiam no trem levando tanques, cântaros, potes de flagelação e rêgo, para o bem de todos os mortos em flores: FÊRRO VÉIO FÉRRO VIO, e Rio bastante bêbado, corro minha substância para longe das plataformas do início, e desanuveio:: Nuvem em Banda, Cigarras De Fole, Garceons Prateados e outros instrumentos de restaurante; os homenageados desembarcam. São 15:05 hrs. Prova de minha Lucidez Relativa – Ver Horas, embora Perdida Mulher.

(Mário Montaut)