sexta-feira, 17 de abril de 2009

DA LÍNGUA DO ESPÍRITO SANTO

Hoje ninguém mais pega a mesa para um simples sabão;
Ninguém mais ergue a pia para uma simples maionese.
Hoje,
Hoje mais...
Que gente em compotas as coisas reclamam,
Das embalagens de vidro sejam de plástico e seus sustentáculos mobiliários
Se de madeira ou mármore, as pessoas se acozinham ou embanheiram;
Não mais almoço banho mãos lábios da pura ritualística apropriada,
Onde luzes erram nos tetos,
Sejam de lâmpadas, ou frio vidrilho de reflexos amantes
Hoje não mais postes se consideram os lúciferes do mundo,
Lúcidos cimentos são as estruturas prediais,
Asfaltadas águas borbulhando as revoltas submersas pois,
Não mais, nem menos Hoge de jentes.
Fluxo extraordinário das sensações contradizendo o outdoor,
E até mesmo os Bancos Hellman´s ou Lux de escarola entre doze verduras, dito isto em manjar de estrelas,
E mesmo as negras são opacidades translúcidas dando muita risada à luz de espadas, punhais de esfaquear suflês,
E os pobres garfos da cobertura...
Ai edifícios
Que se na base dão ganchos e colher,
Há que saborearmos ex-mundos, ultra-mundos Mundos Mundos
Com a força aureolar,
Genicultora,
Próspera,
Doce,
Áspera,
Salivante,
Da língua do Espírito Santo.

(Mário Montaut)