Vou para a Casa da Desconhecida.
Numa sala de 4 espelhos,
Não há razão para uma janela;
No entanto,
Abro,
O olho oval no vidro;
E vejo:
Repentes de luz amarela,
Mouriscas, vermelhuses;
Quase flores de luz confundindo as pétalas do canteiro;
Um mundo inteiro;
Onde venta em todas elas,
Em Fuga,
Ouço ali suas amigas,
E penso:
Não a conhecem, mal a conhecem...
essas tantas moças,
Rondando a casa,
E ela ainda não voltou.
(Mário Montaut)