No portal dos ventos
Há tempos tantos
Desde então lá ela
A singela
Estrela Tal
Quem dormir a noite de enfim sonhá-la
Há de vislumbrá-la
No mapa astral
Na central dos sonhos
Há sinos lentos
Desde então lá ela
Na mandala
Estrela Tal
Quem tiver a graça de ali amá-la
Colhe o arco-íris
E o laranjal
Deuses tão meninos
Vão lá mamá-la
Estrelar o caldo
De um céu mingau
Sua excelência
Cintilância em prece
Cresce Alteza
Sem final
Na espiral dos anos
Há ventos loucos
Desde então lá ela
Se revela
Estrela Tal
Quem bailar o dia de escutá-la
Se regala à luz
Da estrela primal
(Mário Montaut)